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22 / 06 / 22

Cada vez mais o trabalho remoto vem crescendo em nosso país, seja na aplicação da rotina dos profissionais pós-pandemia ou até mesmo como algo atrativo a pessoas que buscam um modelo de trabalho mais flexível. 

Mas, para que um trabalho remoto funcione com excelência, é essencial que alguns pontos sejam ajustados, passando desde a cultura da própria empresa até as relações entre equipe e liderança. Principalmente nos dias atuais, onde segundo pesquisa da Microsoft sobre as tendências do mercado de trabalho, uma das maiores preocupações apontadas foi a necessidade de estar sempre conectado ao trabalho.

Ainda nesta pesquisa, 53% dos profissionais no mundo estão priorizando a sua saúde e bem-estar acima do trabalho, e no Brasil este número atingiu os 71%, o maior entre os países que participaram.

Com isso, é essencial que os líderes busquem novas ferramentas e estratégias para se adaptarem às transformações. O CEO do Officeless, plataforma que ajuda empresas a adotarem o home office, Rafael Torres, participou do podcast “Entre Trampos e Barrancos”, realizado pelo portal Exame e trouxe dicas importantes a serem pensadas e trabalhadas para o funcionamento deste modelo.

 

1) Mentalidade “Remote First”

Uma coisa precisa estar bem explícita nesta nova rotina: se um membro da equipe está remoto, os demais também estão. Por isso, conforme Torres, é importante trabalhar toda a experiência, como os rituais, a gestão do fluxo de trabalho do dia a dia, a comunicação, entre outros.

 

2) Infraestrutura digital

Como o trabalho será executado à distância, é essencial garantir meios que garantam aos profissionais o acesso aos arquivos e materiais necessários para executar suas tarefas. Por isso, é importante elaborar todo o planejamento da mecânica de acesso aos arquivos, plataformas que serão utilizadas, entre outros aspectos.

“A escolha de ferramentas dita a cultura que quer implementar. Não pode escolher de forma aleatória, pois elas dirão se o espírito é mais de vigilância ou de mais flexibilidade”, diz o executivo.

 

3) Comunicação

Como já citado anteriormente, um dos aspectos que precisarão de uma atenção mais do que especial, é a comunicação. Pois na cultura presencial, acaba sendo mais acessível realizar uma pergunta em caso de dúvida, uma reunião de urgência ou de alinhamento, ou até mesmo uma conversa mais amistosa.

No trabalho remoto, isso nem sempre será possível. Segundo Torres, como os profissionais terão mais autonomia do seu expediente, as rotinas podem não se encaixar, podendo gerar conflitos de agenda. Por isso, é importante mudar a forma que a troca de informações é realizada, para manter todo o escopo alinhado e assim, não gerar nos funcionários a sensação de estar conectado ao trabalho o tempo todo, o que pode causar cansaço e ansiedade.

 

4) Gestão sem micro gerenciamento

É importante entender que a forma de analisar a produtividade precisará ser mudada. O que antes se resolvia através de ver as pessoas dentro de um ambiente trabalhando, precisa migrar para o foco nos resultados alcançados e na entrega. “As pessoas precisam ter clareza do que precisam entregar dentro de um ano, três meses e no dia a dia”, afirma Torres.

 

5) Valorizar o bem-estar

Não é apenas o aspecto de trabalho que precisa ser levado em consideração, pois a felicidade da sua equipe é essencial para a motivação dos mesmo. Por isso, é essencial pensar como as conexões estão ocorrendo no ambiente híbrido ou com as equipes distribuídas.

Sendo assim, é muito importante promover ações e rituais que visem o bem-estar dos seus funcionários e a interação dos mesmos, tal como o benefício do “cafezinho” mesmo à distância. Para Torres, é essencial mostrar para o funcionário que está tudo bem se desconectar e não ficar vendo se chegou mensagem ou notificação.

 

Fonte: Exame